Ministro interino da Fazenda diz que IPCA não surpreende e inflação está sob controle
Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília
- O ministro interino da Fazenda, Dyogo Henrique, disse hoje (10) que o Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,91% no fechamento 2013 não
surpreende o governo. Relatório Trimestral de Inflação divulgado, em dezembro,
pelo Banco Central projetava, em cenário de referência, um índice de 5,8%.
“Já esperávamos que dezembro tivesse um índice um pouco mais alto por conta
do aumento do preço da gasolina e também é um período de férias, quando as
passagens aéreas tiveram uma contribuição para que o índice viessem um pouco
mais alto em dezembro”, destacou.
Para ele, o importante é que o índice está dentro da meta, demonstrando por
parte do governo que a inflação no Brasil está sob controle, sem perspectiva de
aumento exagerado de preços. A meta de 2013, estabelecida pelo governo é 4,5%,
com uma tolerância de 2 pontos percentuais. Ou seja, no limite, a inflação
poderia ficar em 6,5% que estaria dentro da meta.
“Isso que é mais importante para o país e para a população brasileira, que é
nós termos a segurança de que estamos mantendo a inflação dentro dos patamares e
dentro das metas”, ressaltou ele, substituto do ministro da Fazenda, Guido
Mantega, que está de férias.
Sobre o fato de o governo ter estimado, por diversas vezes, que a inflação no
ano passado deveria ser menor do que a registrada em 2012, Dyogo disse que a
variação é quase estável. “Não sei se havia esse compromisso [de manter a
inflação em patamares menores do que 2012], mas há sempre a expectativa que o
índice seja bem-comportado e fique dentro da meta e foi o que aconteceu. No
ponto de vista da comparação interanual, a diferença é na segunda casa decimal,
considerado praticamente estável na comparação”, argumentou o ministro. A
inflação medida pelo IPCA, em 2012, ficou em 5,84%.
Para 2014, as expectativas são positivas, e os técnicos do governo não têm
perspectiva de que a inflação tenha comportamento “fora do normal”. “A gente
está prevendo que a inflação este ano, assim como nos últimos dez, 11 anos,
fique sob controle. E o governo manterá todo o esforço e atenção para que isso
ocorra.”
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