terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Cheia do Rio Surubiú ameaça mais de 600 famílias em Alenquer

Defesa Civil afirma que a cheia pode ser maior que a de 2009.
Nível do rio marcou 3,9 metros nesta terça-feira, 7.

Do G1 Santarém

Defesa Civil afirma que enchente pode ser maior que a de 2009. (Foto: Frank de Oliveira/TV Tapajós)
Defesa Civil afirma que enchente pode ser maior
que a de 2009. (Foto: Frank de Oliveira/TV Tapajós)
As águas do Rio Surubiú em Alenquer, oeste do Pará, já começaram a avançar sobre as áreas sujeitas a alagamentos. Segundo a Defesa Civil do município, na área urbana, a elevação do nível do rio ameaça mais de 600 famílias que moram em palafitas – casas que em períodos de cheia ficam literalmente dentro d’água. Se o rio continuar subindo com a mesma proporção, cerca de 1.800 casas que ficam na região de várzea também correrão risco de inundação.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Joelino Teles, nesta terça-feira (7), o nível do rio marcou 3,9 metros. 1,19 metros acima do mesmo período de 2013. Teles explicou que o normal até o final de maio deveria ser 6,8 metros, mas a velocidade com que o nível aumenta tem preocupado. “Geralmente o rio trabalha com 34 milímetros de água por dia. O ciclo entre vazante e cheia é de 180 a 210 dias. Ele começa a subir em novembro e vai até final de maio. Dentro de uma enchente normal, geralmente ele sobe uma média de 3 centímetros. Se você multiplicar esses três, por meses, vai ter um indicador, e então podemos dizer que essa enchente poderá ultrapassar a 2009, quando alcançou 8,1 metros”, afirmou.
Família que moram em palafitas são beneficiadas com madeira. (Foto: Frank de Oliveira/TV Tapajós)
Famílias que moram em palafitas são beneficiadas
com madeira. (Foto: Frank de Oliveira/TV Tapajós)
Diante disso, equipes da defesa civil começaram a preparar casas que ficam próximas ao rio. As famílias estão sendo beneficiadas com madeiras doadas pela Secretaria de Meio Ambiente de Alenquer que foram apreendidas em operações. “Estamos numa parceria com os donos das casas mais baixas, porque são as primeiras que vão para o fundo. Estamos levantando o assoalho para dois metros de altura. A gente doa madeira e transporte. 30 famílias já receberam”, ressaltou Teles.
Ainda esta semana, uma equipe técnica do governo federal chegará ao município para fazer o monitoramento de áreas consideradas de risco.

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